Inesquecível Marina.

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A firma em que trabalhava então estava em plena crise. Um diretor novo resolveu administrar por conflito e os departamentos entraram em pé de guerra.

Velhas desavenças pessoais foram trazidas para o campo profissional, o clima estava realmente pesado. Nessas, meu departamento era constantemente questionado pelo pessoal do setor de Controle de Orçamentos e Custos.

Gente de lá queria terceirizar nosso trabalho para a entrada de comparsas no circuito. Já viram certamente esse filme... Volta e meia eu tinha reuniões interdepartamentais desgastantes.

Quase sempre quem os representava era Marina. Tinha uns 29 anos, alta, quase do meu tamanho, esguia, olhos cor de mel, cabelos arruivados. Numa cor que era a moda então.

Apesar das outras meninas dizerem que era pintura - na velha desunião da classe - seus cabelos eram na verdade de um belo ruivo natural.

Marina se transfigurava, tinha os nervos sempre exacerbados nas discussões que tínhamos. Mas eu notava algo de diferente nela. Ela era filha de uma família alemã que seguia uma seita religiosa ultraconservadora. Dessas que consideram abominável qualquer forma de prazer, por menor que seja. Tudo para eles é um pecado.

Só que Marina nessa sua forma de ser não enganava um bom observador. Ela tinha uma sensualidade à flor da pele. Sua única forma de dissipar seu excesso de energia era mesmo com essas explosões no trabalho.

Um belo dia bati meu carro. Um para-choque ficou um pouco amassado, com um canto empinado para fora. Desleixado, deixei estar. Nosso escritório ficava numa velha mansão e estacionávamos num jardim, frente a um anexo construído para abrigar o tal departamento de Marina.

Vindo a mil por hora, com documentos - e pedras nas mãos - para uma nova reunião, ela enroscou a saia naquele meu para-choque desajeitado. A saia - comprida como o pastor exigia - sofreu um rasgão.

Ela entrou na minha sala possessa, com a ponta da saia na mão para mostrar-me o prejuízo. Como estava ao telefone não lhe dei atenção, o que obviamente só a enfureceu mais ainda.

Em seu estado de irritação e descontrole, sem perceber o que fazia, ela ergueu ainda mais o tecido rasgado para mostrar me o estrago e fazer sua cobrança.

Preocupada com os danos não se dava conta da surpresa que me apresentava: primeiro a visão de uma bela coxa bem torneada, segundo, a de uma sugestiva calcinha. Não era nenhum fio dental, claro. Mas era bem menor - e mais transparente - do que se poderia supor em uma moça tão recatada.

Creio que só minha reação, totalmente estupefato, a fez perceber o que fazia - e mostrava... Enrubesceu num tom semelhante aos cabelos. Calou-se. A reunião foi rapidíssima. Sem conflitos.

Claro que depois mandei o departamento reembolsar a saia rasgada. Mas por semanas Marina me evitou. Enviava uma estagiária para falar comigo. Cada vez que a encontrava, Marina não conseguia evitar que aquele rubor retornasse a seu rosto.

Dois meses depois daquele evento voltamos a nos reunir. Nunca mais o clima foi o daquela agressividade de antes. De início ela parecia muito intimidada, depois passou a ficar mais relaxada.

As reuniões começaram a se tornar produtivas. Para minha surpresa, começou a contar detalhes e segredos do que acontecia em seu departamento, como se buscasse estabelecer alguma cumplicidade.

Fim de ano. Outra daquelas abomináveis festas de empresa. Um restaurante alugado pela firma, as velhas "igrejinhas" se reunindo em mesas separadas.

Marina sentou-se conosco. Bebeu e brindou, surpreendendo os que a tinham por "fanática religiosa". No fim da festa disse que estava sem carro, pediu uma carona.

Uma luz verde acendeu no painel... Ia levar outras pessoas e o percurso mais lógico seria deixar Marina em casa logo de início. Mas deixei-a para o fim.

Quando finalmente chegamos, já a sós, antes que eu falasse qualquer coisa, ela me convidou para subir e tomar um café. Seguindo o ritual de praxe, testo-a, perguntando se não iríamos acordar a colega que eu sabia morar com ela.

- Não. A Solange viajou, estaremos à vontade...

A luz verde ficou mais forte... Elevador com outras pessoas, nenhuma conversa menos formal possível. Ela abre a porta, me faz entrar e corre sumindo num corredor escuro. Volta depois, vestindo só uma camiseta longa:

- Desculpe... Não estava mais aguentando aquele vestido de festa... - Em seguida ergue a camiseta e exibe uma calcinha preta, algo transparente.

- É aquela daquele dia. Lembra?

Obviamente que eu estava imaginando como iniciar aquele jogo de sedutor/seduzido que estava sendo proposto. O que falar, como dizer... mas ela deixou claro que tudo isso era desnecessário.

Não houve nenhum protesto. Senti que toda sua pele se arrepiou e ela separou as coxas, procurando esfregar a sua buceta nas minhas pernas. Senti a umidade... Ela me faz uma confissão:

- Vocês me chamam de "filha do pastor" lá, não é? Eu sei... - Realmente era verdade, mas antes que eu dissesse qualquer coisa ela prosseguiu:

- Pois saiba que eu saí de casa justamente para fugir daquele mundo tão restrito. Eu sou uma mulher livre que gosta muito de sexo! - E me encarando bem nos olhos - Surpreso?!

- Não, Marina... Talvez me surpreendesse tempos atrás. Mas agora, a palavra que me define melhor é "ENCANTADO" - Mas enquanto eu ainda tentava agir como um cavalheiro ela continuou, me olhando abaixo da cintura:

- Encantado, não! TARADO! - Disse ela, segurando firme a minha pica que se avolumara sob a calça. Bem, meus caros: não é necessário ser muito descritivo a cerca dos momentos que se seguiram.

Arranquei sua camiseta, beijei-a, tomei seus seios e suguei sofregamente, enquanto ela se encarregava de me livrar das roupas. Completamente nus, grudados um ao outro num beijo sôfrego, caminhamos batendo pelas paredes do corredor até o quarto.

Aterrizamos sobre a cama num sessenta e nove voraz. Ela abocanhando e engolindo toda a minha pica, enquanto sua buceta pingava aquela babinha quente e cheirosa na minha boca. Não era mentira. Gostava realmente de sexo. Buscava avidamente como tirar o melhor proveito dele...

Gozou na minha boca. Sem parar, seguiu me chupando até arrancar meu gozo. Creio que não exagero ao presumir que sentir meu líquido todo à sua disposição a excitou ainda mais.

Continuou sugando-me até a última gota. Mas não parou por aí e seguiu adiante. Quem imaginaria que a "filha do pastor" era capaz de manter a ereção de um homem?

Pois foi o que me fez. Logo soltou meu membro da boca gulosa. Para como uma valquíria do sexo cavalgá-lo. Rebolou deliciosamente, enquanto eu estocava com força e profundamente.

Como já tínhamos gozado uma vez, esta foda agora durou bastante que culminou em um orgasmo eletrizante que nos deixou totalmente extenuados.

Logo eu teria que ir embora. Ela me entregou uma toalha para que tomasse um banho rápido. Rápido? Vã ilusão... Mal entrei no chuveiro, ela apareceu.

Postou-se de costas para mim e entregou me o sabonete pedindo que a ensaboe. O que obviamente não me neguei a fazer, percorrendo em espuma e dedos sequiosos todo seu corpo. Marina empinou mais a sua bunda, esfregando se toda em mim.

- Você fica de pau duro fácil, não é seu puto?! - Sentindo que uma nova ereção dizia "presente". Apoiando o seu corpo na parede do banheiro, disse num grito surdo:

- Me faz tua puta, vai!! Me enraba, vai!! - Pegou o sabonete de minhas mãos e usou-o melando de espuma a sua entrada mais proibida.

Não é o melhor lubrificante para o caso. A penetração foi difícil de início, mas logo, todo tomado de tesão, lá estava eu todo alojado nas entranhas daquele cu sedento e gostoso. Marina gemia muito, tremia e remexia-se toda.

Pediu que dedilhasse a sua buceta com a mão direita. Gozou intensamente. Sentiu quando finalmente gozei dentro dela. Teve um frisson que a fez tremer inteira. Saiu rapidamente do chuveiro sem terminar o banho.

- Quero sentir você dentro de mim a noite toda!

Uma daquelas chatíssimas festas de fim de ano teve um desfecho inesperadamente saboroso... Esse evento deu início a uma série de encontros. Casado, não era muito fácil, mas toda semana lá estava eu pelo menos uma vez baixando naquele apartamento.

Como viajava muito pela empresa, era comum "adiantar" minha partida e passar a noite toda com Marina. Não foi nem uma, nem duas vezes que quase perdi meu voo pela manhã...

Uma coisa que sempre intrigava é que a tal Solange, a amiga que dividia o apartamento com ela, nunca estava por lá. Sempre via suas coisas largadas por ali, como se tivesse saído às pressas.

Marina foi se tornando cada vez mais ousada e vibrante na cama. Se bem que nem sempre a cama era o palco. Usávamos o apartamento todo.

Certa vez fizemos uma imitação do "Último Tango em Paris" na cozinha. Depois de uma noite daquelas, pela manhã cedo fomos ao café.

Marina foi buscar um açucareiro sobre a geladeira e ao fazê-lo, a camiseta que vestia ergueu-se - era tudo o que usava - exibindo sua deliciosa bunda.

- Você gosta, não é, seu puto?!! - Disse enquanto se mantinha naquela posição, descaradamente me provocando.

Bastou para mim. Dois dedos na manteigueira primeiro e depois, untando aquele cuzinho sedento. Enrabei Marina ali, de pé, pendurada na geladeira.

Ela gemeu muito, correspondeu às minhas estocadas nas entranhas do seu cu rebolando mais e mais. A geladeira aguentou com firmeza todos os trancos que levou...

Como disse antes, Marina gostava muito de sexo, quanto mais apimentado melhor. Definitivamente adorava ousar, sair da rotina e fazer tudo de maneira não convencional. Gozou muito ali na cozinha, com a minha pica completamente atochada naquele seu cu gostoso. De respingar no chão...

Numa dessas noites em que pernoitava lá ocorreu o inesperado: duas da madrugada a porta do quarto se abriu. Uma loirinha de uns 26 anos, mais para o tipo mignon, belos e fartos seios evidenciados sob uma camiseta sem mais nada entra.

- O que você está fazendo aqui?! - Marina gritou irada.

- Ah!! Não aguentei ficar lá fora ouvindo vocês... - Solange, a amiga sempre ausente, entrou no palco em grande estilo. Boquiabertos, ficamos meio sem palavras. Solange tirou a camiseta e disse:

- Você não vai mesmo casar com ele... - E nua, juntou-se a nós na cama.

Solange me agarrou e me beijou oferecendo seus seios. No início, mesmo tomado pelo enorme tesão que esta situação criava, não queria reagir, achando que tudo desandaria numa briga. Ousar e surpreender, esse sempre foi o motivo comportamental da minha Marina... Em vez brigar, veio beijar-me também.

Desceu pelo meu corpo com seus lábios junto com Solange, indo chupar em parceria com ela a minha pica absurdamente dura pelo tesão inesperado. E muito bem-vindo...

Estava já quase gozando quando elas pararam e vieram as duas para cima de mim. Botaram-me deitado e revezaram-se sentando-se na minha boca. Então, com aquele tom peculiar de provocação que sempre tinha, Marina me sussurra ao ouvido:

- Vai! Fode ela... ela tá precisando...

E ajudou Solange a sentar-se sobre meu membro, para iniciar a cavalgada. Solange gozou muito. E não foi só esta vez... Mais tarde, enquanto os 3 enroscados um no outro descansávamos, Marina sussurra-me, mas de forma que Solange ouvisse:

- Ela nunca fez anal e tá doida para ser inaugurada...

Solange tentou negar a afirmação, mas Marina a pegou e a fez ficar de quatro. E Solange de lá não saiu ou tentou escapar. Foi inaugurada...

Bem, acho que não se surpreenderão ao saber que desta vez efetivamente perdi meu voo. Tinha Ponte Aérea às 8 da manhã. Só embarquei no voo das 11:30 h. Cansado. Muito cansado...

Nunca mais revi Solange. Segundo soube, se mudou pouco depois daquela noite. Se essa mudança teve algo a ver com o fato, aquela ménage à trois deliciosa, jamais descobri.

Mas para mim ficava claro que foi uma extravagância a que Marina se permitiu participar uma vez. Mas certamente não quereria dividir sempre seu palco...

Marina havia vindo a São Paulo, fugindo das pressões da família ultraconservadora. A formação rígida que tivera estava presente nas suas atitudes no cotidiano. Mas em franco conflito com a sensualidade vulcânica, algo nato que tinha.

Tinha tido um caso com um namorado na faculdade ainda no Sul. Fora seu primeiro homem, mas a família o rejeitara. O rapaz, depois de formado foi fazer pós-graduação na Europa, enquanto ela veio para São Paulo.

Apesar da enorme sensualidade, era bastante inexperiente quando a fui conhecer intimamente. Era muito afoita, afobada, tinha que contê-la às vezes, antes que me machucasse.

Seus dentes me raspavam... Pouco a pouco, as arestas foram se aplainando. Marina era um diamante em bruto, que lapidado, revelou todo seu brilho.

Passou pouco mais de um ano, depois daquela festa chata - e da surpresa deliciosa de depois - quando surgiu uma oportunidade. Ela recebeu um convite para trabalhar em uma grande empresa, sediada em Porto Alegre. Marina titubeou um pouco, mas eu a incentivei.

Era realmente uma ótima oportunidade, com reais possibilidades de crescimento - bem mais que na empresa em que estávamos - e ela voltaria para perto de seus velhos amigos e da família, com quem a relação melhorou muito depois que veio para São Paulo.

Acabou aceitando. Despediu-se de mim no aeroporto. Estava sorrindo com lágrimas nos olhos. Eu também, devo confessar. Uma deliciosa e inesquecível cumplicidade estava terminando.

Mais um ano e meio se passou, quando recebemos na firma convites para seu casamento lá no Sul. Parece que se casava com aquele antigo namorado, que retornara ao Brasil.

Seria muito longe, no interior do Rio Grande do Sul. Obviamente, atolados de serviço, estávamos sem tempo, não poderíamos ir. Nos cotizamos, compramos e enviamos um ótimo presente.

Dias depois da data do casamento recebemos todos pelo correio caixas iguais, com cartão agradecendo o presente, junto com uma garrafa de vinho. A festa deve ter sido boa, pois o vinho era excelente.

Os pacotes eram todos idênticos, mas no meu havia dentro um envelope lacrado. Nele, um cartão com a impressão em batom rubro daqueles lábios que tanto beijei. O texto era só uma frase:

"Obrigada, meu inesquecível Professor!"

Segundo as secretárias e minhas estagiárias, passei o resto da tarde com o olhar perdido no infinito e um sorriso enigmático nos lábios. Tentaram de toda forma descobrir a razão, mas mantive-me calado. Um cavalheiro jamais faz essas revelações...

Naquela mesma tarde, estava já de saída quando meu telefone direto toca:

- Oiiii! Aqui é a Solange... Lembra de mim?!

Solange, a amiga que dividia o apartamento?! Mas claro que lembrei.

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