Aí, não

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Segunda quinzena de janeiro, hotel-fazenda no interior do Rio, sol a pino. Debaixo de um guarda-sol à beira da piscina, eu e mais três garotas aproveitando as férias da faculdade. A conversa ia animada até passar um moreno de cerca de 22 anos, olhos claros, corpo bem feito, lindo mesmo.

Silêncio na mesa, seguido de um tímido “nossa!” O moço olhou por alguns instantes na nossa direção, foi até ao bar, pegou uma garrafinha de água mineral e voltou pelo mesmo caminho.

Quando virou, li nas costas da sua camisa azul-marinho a palavra RECREAÇÃO em letras brancas. Provavelmente novo na equipe, porque eu já tinha estado naquele hotel um par de vezes, e nunca o tinha visto.

Pela manhã, descendo para jogar tênis de duplas, encontramos a quadra ocupada por um hóspede e ele, só de bermuda branca, o torso de peito firme e liso exposto à apreciação de possíveis interessadas.

Foi cerca de meia hora de jogo dentro e fora da quadra: a cada bola guardada no bolso da bermuda, ele empurrava a peça um pouco para baixo, mostrando mais o elástico vermelho da cueca e sorrindo para mim. Depois do jogo, ficou para nos assistir.

Bel me avisou, que ele parecia torcer discretamente pela nossa dupla, mas logo apareceram outros recreadores e saíram todos juntos para alguma atividade na fazenda, onde seria a programação do dia.

Só o vi de novo, à noite, na festa com música ao vivo, lindo num uniforme de colete e boina, comandando a coreografia do pessoal. Numa das pausas, ele veio na direção da nossa mesa.

- Acho que tem alguém querendo prestar um serviço de recreação, lá no nosso quarto... - sussurrei e elas riram baixinho, concordando com a cabeça.

- Oi! Vocês não querem dançar?

Ele perguntou, com os olhos fixos nos meus e um sorriso cheio de segundas intenções na boca carnuda e bem desenhada. A música agora estava mais lenta, o salão meio vazio. Aceitei a mão estendida e fomos. Na pista, notei a plaquinha no bolso da sua camisa, “Henrique”.

- Sabe, eu te vi ontem na piscina.

- Eu também.

- Depois hoje, na quadra de tênis, eu... - E fez uma pausa.

- Fala...

- Estava doido de vontade de te dar um beijo!

- Mas isso não é contra a política do hotel, os funcionários ficarem com as hóspedes?

- Olha... Poder, não pode. Mas...

Ah, safado! Me olhava com cara de pidão, uma mão plantada na minha cintura..., mas então uma música animada começou e num segundo, outros hóspedes o rodearam.

Depois da festa, minhas amigas no quarto, a maioria dos outros hóspedes ou na cama ou atrás da seresta na cidade, fui procurar uma sala tranquila para ler um pouco, mas Henrique me viu passar pela área da piscina e foi atrás.

Ficamos conversando no sofá, por cerca de meia hora, até que, ressurgido o assunto da recreação, comentei como ele tinha jeito com adolescentes.

- Valeu! Acontece que a próxima brincadeira é só para adultos!

Foi a resposta imediata, e com a mesma rapidez, sua língua se esticou para dentro da minha boca. Henrique escorregou mais para o meu lado no sofá, suas mãos na minha nuca e cintura e as minhas deslizando pelos contornos dos seus bíceps e abdômen definido.

Ele pareceu gostar do jeito como eu o tocava onde queria e, provavelmente, se sentiu encorajado a fazer o mesmo, porque em poucos minutos meus seios enchiam suas mãos. O próximo passo, foi abrir minhas calças.

- Já tem algum outro emprego em vista? - indaguei sorrindo.

- Sei que estou sendo, antiético, mas é que não dá mais para segurar... - Sussurrou no meu ouvido, entre beijos no meu pescoço.

- Vamos para outro lugar!

- Seu quarto?

- Minhas amigas... O seu?

- 101...

- Daqui dez minutos...

E dali a dez minutos, estávamos sozinhos novamente, dessa vez na privacidade do seu apartamento. Henrique se ajoelhou na minha frente, tirou minha calça, puxou o fundo da calcinha de lado e veio explorando em volta sem pressa, provando tudo, língua percorrendo os lábios de canto a canto.

Parou no grelo e começou a chupar em ritmo lento, ora de olhos fechados, ora vigiando minhas reações, e eu sem saber o que era mais excitante, a entrega cega ou a segurança com que ele às vezes me encarava lá de baixo.

Quando enfiou um dedo bem devagar até o fundo e girou lá dentro, olhar lânguido fixo no meu, boca entreaberta, aquela cara de safado, tive que me controlar para conseguir atrasar o gozo. Mas o dedo ia e vinha incansável, enquanto a boca seguia seu trabalho maravilhosamente. Impossível segurar por mais tempo.

Ele ainda ficou ali por alguns segundos, sorvendo cada gota, depois pôs a calcinha de volta no lugar e deu um beijo por cima. Com gestos lentos e provocantes, despiu aquelas formas perfeitas e se deitou na cama.

Coisa linda os contornos dos braços, o peitoral definido, o abdômen de tanquinho, as entradas laterais, os pentelhos bem aparados, o pau duro, grande e reto, as coxas lisas e musculosas. Vontade de correr mãos, língua e dentes por cada centímetro daquele corpo.

Fui beijando do peito à virilha, chupei as bolas e subi com a língua pela lateral do pau. Quando comecei a lamber a glande em círculos, ele fechou os olhos e gemeu.

- Ahhhh... Chupa... Caralho! Me chupa, chupa agora, vem...

Levantou os quadris, enfiando a cabeça toda na minha boca. Comecei um vai e vém lento e suave, mexendo a língua naquela parte sensível da glande, punhetando no mesmo ritmo e descendo a outra mão pela base do pau, começo do saco, curva inferior, períneo. Até ali tudo bem, mas ele se esquivou quando os dedos se aconchegaram entre as bandas da bunda.

- Aí não! - Sussurrou.

Aquilo me deu ainda mais vontade. Recuei e continuei os carinhos com a boca, dando-lhe o tempo necessário para que relaxasse. Na segunda vez, ele se limitou a contrair de leve os músculos.

Talvez não quisesse dizer, mas estava gostando; tanto que chegou a suspirar quando a ponta do dedo alcançou o buraquinho. Tirei o pau da boca, contornei-o inteiro, passeei pelo saco e estacionei no local proibido.

Enquanto punhetava, passava a língua onde antes estava o dedo, agora sem encontrar resistência. Pelo contrário, ele até levantou as pernas para que eu pudesse rondar livremente o anel.

Ver aquele homem lindo se abrindo para mim, me deu um tesão louco! Sem parar a punheta, retesei a língua e forcei um pouco. Ele gemeu alto e passei a alternar a boca e os dedos por fora, lambendo, enfiando a língua, alisando com a ponta do indicador, massageando com um pouco mais de pressão. Quando eu já não aguentava mais de tesão, encaixei a ponta do médio na portinha. Precisava entrar.

- Enfia... - Enfiei. Delícia...

O anel cedendo passagem para o meu dedo, quente e apertado... Parei por um instante, sentindo-o pulsar, achei a próstata e fiz uma breve massagem com o dedo em gancho, num gesto de “Vem aqui”.

- Pega a camisinha... - pedi, mas ele já parecia em outro plano, suspirando e gemendo - Rique... A camisinha.

Tirei a calcinha, encaixei na entrada a cabeça do pau vestido na camisinha lubrificada e ensaiei movimentos cada vez mais longos, até chegar à base. Fiquei sentada sentindo todo o volume, duro, grande, grosso, e comecei a rebolar devagar, deixando a cabeça pender para trás. Faltava um espelho no teto para refletir a cena:

Eu montada naquele corpo perfeito, minhas mãos apoiadas nas suas coxas e a dele massageando meu grelo bem de leve e devagar. Meu segundo orgasmo chegou quase junto com o seu primeiro.

Continuamos encaixados por alguns minutos, relaxando. Ele ressonava baixinho quando o tirei de dentro de mim e comecei a me vestir.

- Não, não, aonde você vai? - Resmungou, de olhos fechados.

- Para o meu quarto. Você não pode dormir com uma hóspede aqui.

- Só te deixo sair se você prometer voltar amanhã à noite.

- OK. Se você quiser, a gente pode incrementar a brincadeira...

- Como? - Ele deu um sorriso safado de bom entendedor. Sorri sem dizer nada e ele piscou um olho - Você gosta de penetrar um homem com brinquedos...

Não era uma ideia nova, mas ouvi-lo dizer aquilo com todas as letras, me deu tanta vontade que por pouco não desisti de ir dormir.

Quando eu saía do meu quarto na manhã seguinte, Bárbara me viu com as chaves do carro na mão e perguntou se eu iria à cidade. Respondi que se estivesse faltando algo, eu poderia comprar, mas ela quis ir junto.

Fomos os três então, Henrique ensinando o caminho para a cidade, onde ele sabia que tinha uma sex shop e eu tentando imaginar um jeito de fazermos nossas compras discretamente.

A solução acabou sendo mais simples do que eu imaginava: mal chegamos à cidade, Bárbara pediu para ficar no shopping mais próximo, combinando de nos encontrar no mesmo lugar em uma hora.

Pouco depois, achamos a loja, pequena, mas bem equipada, com vários vibradores, óleos de massagem, algemas, camisinhas texturizadas e uma bateria de acessórios suficiente para meses de diversão.

Só tinha um modelo de strap-on, uma tanga preta de couro com ajuste de largura dos lados e uma abertura frontal onde se encaixava um consolo laranja neon; o problema era a parte de trás, que se resumia a uma tira bem fina e aparentemente incômoda, mas eu poderia usar uma calcinha preta mais confortável por baixo.

Incluímos camisinhas e lubrificante, guardamos tudo no carro e passamos para buscar Bárbara, que não perguntou o que tínhamos ido fazer e tampouco fez questão de explicar o que queria do shopping.

De volta ao hotel, devolvi Henrique às suas atividades. Só conseguimos nos encontrar de novo depois da meia-noite, no seu quarto.

- Quero que dance para mim! - Eu disse assim que ficamos sozinhos.

- Depende. O que eu ganho em troca?

- Um depósito na sua poupança!

- Hahaha! Engraçado. Você quer comer, mas não quer dar?

- Como a maioria dos homens, né? - Sorri.

- OK. Vou procurar uma música.

Diminuí as luzes e arrastei uma cadeira para mim enquanto ele escolhia a trilha no notebook. Tudo arrumado, o show teve início. Meio frio, com Henrique travado no começo, mas depois acabou deslanchando.

Ele sabia provocar como um verdadeiro puto: rebolava, guiava minhas mãos pelo seu corpo, descia roçando os lábios no meu pescoço, enquanto abaixava a calça, oferecia a boca para um beijo e depois negava, me deixando na vontade.

Só de cueca boxer branca, apoiou as mãos na cadeira, deslizou os pés um pouco para trás até o corpo ficar esticado num ângulo de uns 45 graus com o chão e começou a ir e vir como se estivesse me comendo. O resultado de toda essa provocação, minutos depois, foi um 69 com ele por cima e eu brincando com os dedos como na véspera.

Quando ele começou a gemer, pedi que não saísse da posição e escorreguei para o lado. Vesti a cinta, espremi uma boa quantidade de KY nos dedos médio e indicador e lubrifiquei seu buraquinho, primeiro por fora e depois por dentro.

Henrique empurrava mais a bunda para os meus dedos, indo e vindo, se entregando com tanta sofreguidão que até hoje me pergunto se tinha plena consciência, de estar fazendo tudo aquilo.

- Ele é meu? - Perguntei no seu ouvido, debruçada sobre suas costas, os dedos enterrados até à base.

- Todo seu...

- Então, faz ele piscar para mim...

Tirei os dedos e abri a bunda dele com as duas mãos para ver. O anel molhadinho de gel, piscou três vezes. Lubrifiquei também a ponta do consolo e o esfreguei na portinha enquanto Henrique tentava vigiar, apreensivo.

O brinquedo, realmente não era o que se poderia chamar de delicado. Forcei um pouco e ele suspirou; mais um pouco e escancarou as pernas.

Aumentei a pressão, vendo o cuzinho se alargar lentamente, sob a cabecinha e Henrique ir se abaixando até deitar o rosto de lado no travesseiro, todo exposto. Tesão!

- Aaahhh, está entrando! - Sussurrou...

Entrou toda a cabeça, e se doeu, ele não demonstrou. Fiquei alguns segundos só fazendo carinho nas suas costas, passando a mão da nuca até a deliciosa marquinha de sunga, esperando que se acostumasse e pedisse para eu meter tudo, o que fez com uma empinada discreta.

Firmei as mãos na sua cintura e num movimento lento e constante fui enfiando até o fundo. Ia fazer outra pausa, para ele sentir todo o volume, mas em vez disso, ele mesmo começou a ir e vir.

- Gostando de dar, é? - Aderi ao seu ritmo lento, enfiando a mão na calcinha para me tocar por trás da base do consolo.

- Adorando! Nunca tinha imaginado... - E virou o rosto para trás com um sorriso safado.

- E você, gosta de comer um cu, né? Adora uma bunda de homem. Um cu de macho! Então me fode, me come gostoso! - Pediu em alto e bom som. Delícia de homem safado que topava tudo, sem frescuras.

Aumentei o ritmo e ouvi um gemido alto em resposta. Bem mais descontraído, Henrique já ensaiava um ou outro giro nos quadris, e aos poucos foi desmontando na cama.

Ficou lá deitado de bruços, jogando os quadris para cima, contra minhas investidas, se esfregando no colchão, ofegando discretamente. Agora era só o que se ouvia no quarto. Silencioso, mas louco de tesão.

Sei disso, porque quando nos levantamos para trocar de posição minutos depois, o pau apontava para o teto, seus pelos ralos, do abdômen estavam grudados e o lençol tinha uma mancha de lubrificação.

Henrique se deitou de costas e levantou as pernas. Dessa vez entrei direto, retomando os movimentos sem demora, e já nem tão delicadamente quanto da primeira vez.

Ele disparou a falar putarias de novo, pedindo para eu meter mais fundo, mais rápido, mais forte. Tentou segurar o pau, mas dei um tapinha, do lado direito do seu rosto, e disse:

- Sem punheta!

- Ah! Isso! - Mais um tapa.

- Quer dizer que você queria comer a minha bunda? É? Queria, safado?

- Aaham... Eu... Aaaahhhhh...

Ele colocou uma mão na minha cintura para me puxar, no ritmo da foda e com a outra, pegou o pau, sem punhetar, mas apertando firme. Fiquei só olhando a mão disfarçadamente, começar a se sacudir, até ele fechar os olhos e gemer alto.

- Chega. Eu disse "sem punheta".

- Nossa, assim eu não aguento. Preciso gozar.

- Vou dizer quando.

Não ia demorar muito. Aumentei o ritmo da siririca, olhar fixo naquele gato, ali de frango assado, paradinho, só gemendo e pedindo mais, dando gostoso.

- Aahhh... Mete... Aahhh... Aahhh... - Esticou a mão para o pau numa terceira tentativa de insubordinação. Aquilo exigia mudança de estratégia.

- Vou ter que te amarrar? - A advertência, fez seus olhos se iluminarem e passearem pelo quarto em busca de algo.

- Cinto do roupão de banho. Pega lá...

Me desencaixei, achei o cinto e amarrei Henrique à cabeceira com duas voltas firmes que derrubaram qualquer vestígio de resistência, como se o absolvessem definitivamente de uma possível culpa pela passividade no ato, além de limitar seu gozo à minha vontade.

De novo, parei para analisar o corpo deslumbrante ao meu dispor, agora com um olhar predatório que, segundo ele, foi tão excitante quanto perturbador. Claro que era só um fetiche.

“Serás atado e em teu corpo satisfarei cada desejo meu.”

- Não vai rasgar meu cuzinho, hein?

- Só vou fazer o que nos der prazer.

Voltei com uma estocada lenta e suave, seguida de uma brusca e profunda que fez seu pau saltar.

- Assim, desse jeito mesmo! Me usa gostoso. Vem, me come do jeito que você quer!

Que, era como também, ele queria, eram investidas quase selvagens. O cu laceado me recebia com gula, engolindo cada centímetro meu.

- Aahhnn, aahhnn, ahh! Porra, que tesão! Capaz de eu gozar amarrado mesmo!

- Segura... Quase... Agora, agora.

Soltei o laço e ele tomou o pau numa punheta furiosa.

- Mete com força, vou gozar! Aaaaahhhhh!

Alguns toques foram suficientes para fazer sua porra jorrar em quatro jatos, e eu, que também já estava quase, gozei junto ao ver os músculos do abdômen se definirem ainda mais e o líquido branco se espalhar pela pele bronzeada. Mas ainda tínhamos coisas para experimentar, o que fizemos com entusiasmo até umas cinco da madrugada.

Sete horas depois eu estava na recepção do hotel, tentando conferir os valores do check-out.

- Não deixa ninguém dormir, Leila!

Disse Bel pegando a folha da minha mão. Ela sabia que minha cama tinha passado a maior parte da noite vazia. O carregador já levava nossa bagagem quando Bárbara parou de repente.

- Vamos escrever!

Apontou para o livro de visitas com um sorriso que, de início não entendi. Enquanto ela enchia algumas linhas com sua caligrafia caprichosa, Henrique aproveitou para se despedir de novo, agora de todas e oficialmente.

- Sua vez... - Bárbara me passou a caneta, animada.

Meu estranhamento com aquela empolgação toda, acabou nas primeiras linhas do que ela tinha escrito:

“O hotel está de parabéns. Instalações confortáveis, ótima cozinha e excelente atendimento. A recreação foi especialmente relaxante. Recomendarei a todas as amigas, com certeza”.

Quando levantei os olhos, um dos outros recreadores acenava para Bárbara, que correspondia com um sorriso brincalhão. Pisquei um olho para ela e assinei embaixo.

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