A viúva virgem

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Conhecera-o num desses sites de relacionamentos, cerca de um ano atrás. Ele dissera ser do Mato Grosso do Sul, fazendeiro abastado, mas solitário.

Começaram trocando emails, depois passaram a se falar todos os dias pelo MSN. A partir daí foram ficando cada vez mais íntimos, até que ele fez o convite inesperado: Quer casar comigo?

Mona tinha um carinho especial por ele, mas não o amava! Disse-o com todas as letras. Mas ele insistia que, depois de casados, ela passaria a amá-lo.

Tinha tanta certeza disso que Mona resolveu não mais frustrá-lo. Entrou no jogo e passou a participar do sonho dele, a incentivá-lo quando ele lhe falava da grande festa que seria o casamento.

Mona respondia a todas as perguntas dele sobre como queria que fosse a cerimônia, o buffet e todas essas coisas que compõem casamentos de ricos. Tanto sonharam juntos, que Mona passou a gostar dele de verdade.

Ela nunca havia casado e intimamente não era chegada a essas pompas. Sempre dizia que, se um dia casasse, seria numa ilha deserta, apenas o padre como testemunha.

E mesmo assim, esse seria enxotado no momento que terminasse o casório. Queria apenas estar a sós com o seu amor, num paraíso encantado…

Aí, recebeu a notícia que ele havia sofrido um acidente. Caíra do cavalo e estava bem machucado. Queria que Mona estivesse com ele nesses tempos de convalescênça, e pediu para que providenciassem sua passagem de avião para o Mato Grosso do Sul, especificamente a cidade de Campo Grande.

E depois de duas longas jornadas, uma de avião outra de carro por terras pantaneiras – esta guiada por um dos empregados da fazenda que fora recebê-la no aeroporto – Mona finalmente chegou à fazenda do seu pretendente.

Enfrentara uma chuva forte no meio do caminho e a viagem de carro se estendeu pelo início da noite, ainda chuvosa. E é em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscuro de uma cidade que só existe em seus devaneios.

Chegaram por volta das nove da noite. Foi bem recebida pelos empregados da fazenda, todos curiosos pra conhecer a noiva virtual do patrão. Mas nem quis ver quais seriam seus aposentos, fez questão de primeiro falar com seu noivo.

Levaram-na até o quarto dele mas, chegando lá, encontrou-o dormindo profundamente. Acomodaram-na numa cadeira de estilo colonial ao lado da cama, e ela estava decidida a esperar que ele tivesse a surpresa de despertar tendo-a ao seu lado.

Ficara com apenas uma valise bem feminina, enquanto uns empregados providenciaram levar o resto da sua pequena bagagem para o quarto onde iria ficar, naquela casa enorme.

Abriu a valise, retirou um livro encapado de couro surrado, onde se lia o título Os Contos de Mona, e estava resolvida a escrever alguns poemas aguardando seu amado acordar.

Nem bem escrevera algumas palavras, ouviu ele tossir forte e insistentemente, descobrindo-se um pouco, mas sem abrir os olhos. Depois aquietou-se, voltando a dormir pesadamente.

Foi quando Mona pôde observá-lo melhor. Conhecia-o apenas por fotos e por imagem da webcam que usavam em suas conversas online.

Tanto ele quanto ela usavam câmeras nas conversações, e ele sempre foi tímido em se mostrar, mesmo quando ela insistia em querer vê-lo pelado.

Já ela, sempre fora desinibida, e até havia se masturbado algumas vezes para ele diante da webcam. Divertia-se vendo seu jeito excitado de se comportar ao vê-la com tanta intimidade. Então, olhou melhor para o seu rosto adormecido...

Milton tinha quarenta e nove anos, um pouco calvo, mas de rosto bonito, de traços bem musculosos, emoldurado por uma barba rala, por fazer. Puxou levemente o lençol e descobriu um tórax perfeito, sem indícios de barriga indecente.

Foi quando notou um volume sobre o lençol. Parou o olhar naquela protuberância, com vontade de descobrir o corpo dele ali, mas temerosa de que alguém aparecesse de repente. Olhou para trás e viu que a porta estava encostada.

Levantou-se de mansinho e foi até a porta, girando a chave que estava nela, trancando-a. Depois fechou as cortinas, bem devagar, das amplas janelas do quarto, de modo a não ser vista por quem passasse por ali. Só então descobriu totalmente seu belo adormecido, com cuidado para ele não acordar...

A primeira coisa que notou maravilhada foi aquele membro viril, totalmente ereto, medindo cerca de vinte centímetros. Pegou-o com cuidado e o beijou suavemente por toda a sua extensão.

Como ele não se mexeu, continuou as carícias, agora na glande. Arregaçou o prepúcio e lambeu a cabecinha várias vezes, depois iniciou um sensual boquete, cada vez mais engolindo aquele membro, até que seus lábios finalmente tocaram o saco, o pênis todo encaixado na sua boca, adentrando a sua garganta, fazendo-a quase engasgar. Parou um pouco e olhou pro rosto dele. E percebeu um sorriso...

Mona também sorriu de contentamento. Seu belo adormecido havia acordado, mas permanecera quietinho, absorvendo as carícias dela. Então resolveu entrar no jogo. Não iria falar com ele, não iria “acordá-lo”. Mas daria todo o prazer que guardara por esse tempo todo, por estarem distantes um do outro.

Retirou toda a roupa e sentou-se na beirada da cama, voltando a colocar aquele monumento de prazer na boca, enquanto sua mão masturbava-o suavemente também. Ele ajeitou-se no travesseiro, olhos ainda fechados, sorriso mais aberto nos lábios.

Então ela procurou uma posição melhor, de quatro ao lado dele, e começou a tocar-se suavemente enquanto sua boca descia e subia, engolindo aquele membro viril e quente, masturbando-o com os lábios e masturbando-se com seus delicados dedinhos, também. Ele gemeu...

Mais rápido do que esperava, Mona sentiu um calor subindo pelo seu corpo e pressentiu que logo iria gozar. Retirou aquele membro pulsante da boca, passou uma das pernas sobre o belo adormecido e ficou de joelhos sobre ele.

Então, com suas mãozinhas delicadas, segurou o pênis do amado e apontou a glande para a entrada da vulva encharcada, já trêmula do gozo que se aproximava.

Sentou-se depressa naquela virilidade pulsante e quente, e começou a fazer movimentos com os quadris. Mas por mais que tentasse, o pênis não conseguia penetrar na sua vulva carente.

Ora subia e descia, ora mexia num rebolado gostoso, até sentir todo seu corpo estremecer, sua boca ficar seca, seu ventre ter contrações, iniciando um orgasmo alucinante, crescente, delirante. Mas a glande não ultrapassava os pequenos lábios…

Milton agarrou-a pela cintura, de olhos já abertos, urrando de prazer. Estremeceu todo o corpo, sentando-se e agarrando-se a Mona num abraço apertado, gozando na entrada da sua vagina.

O esperma escorrendo entre as coxas de Mona, descendo entre suas nádegas, ela sentido aquele líquido viscoso e quente tocar-lhe o botão que piscava de prazer.

Fora a melhor “gozada nas coxas” que já experimentara. Caiu prostrada sobre Milton, que voltara a encostar a cabeça no travesseiro após o último espasmo.

Beijou a boca dele sofregamente, procurando sua língua. Foi quando percebeu que ele não reagia. Afastou-se dele e olhou para o seu rosto. Milton tinha os olhos arregalados, a boca aberta de uma forma anormal. Mona entrou em pânico...

Mesmo nua, correu até a pota, abriu-a e desembestou pelos corredores gritando por socorro. Duas caseiras acudiram, sem dar a mínima importância por ela estar despida.

Acorreram ao quarto e tentaram reanimar o patrão. Enquanto uma fazia respiração boca-a-boca, a outra dava pancadas em seu peito, tentando reanimar o coração. Mas foi tudo em vão...

As duas mulheres olharam para Mona, consternadas. Não havia mais o que fazer. Fecharam seus olhos e cobriram seu corpo, o pênis ainda duro, um cheiro de sexo no ar.

Mona levou a mão à boca, sufocando um grito. Seu coração começou a bater descompassado. Sua visão ficou turva e suas pernas cederam. E finalmente ela caiu no chão, desmaiada...

Acordou sentada na cadeira em estilo colonial, a mesma que estivera desde que chegara ao quarto de Milton. Levantou-se tomada de susto e correu para ele, deitado na cama, olhos fechados, ressonando suavemente, num sono tranquilo.

Olhou para si mesma e estava vestida do mesmo jeito que chegara à fazenda. No chão, aos pés da cadeira onde estivera sentada, o livro aberto em qualquer folha em branco e a caneta caída ao lado. As cortinas das janelas estavam abertas, a porta continuava do mesmo jeito que deixaram. Tudo como deveria estar.

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